segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Futuro do Twitter

Nos dias 14 e 15 de abril de 2010, aconteceu em São Francisco/EUA, o maior evento sobre o Twitter no mundo, a Chirp Conference (http://chirp.twitter.com), já considerada por muitos como um marco na evolução da empresa. O impacto da conferência no mercado foi tanto que já se fala em AC (Antes da Chirp) e DC (depois da Chirp). A conferência revelou ao mundo o futuro da rede social de 140 caracteres através de debates entre futurólogos, desenvolvedores, repórteres, investidores, “stakeholders” e público em geral.

Evan Williams, co-fundador do Twitter, começou afirmando: “Twitter é um ecossistema muito mais complexo do que qualquer outro serviço online que existe.” E essa afirmação vem da certeza de que a ferramenta emergiu rapidamente como um sofisticado sistema de operações sociais (OS). O que também ficou claro é a falta de conhecimento do consumidor. Evan entende que a dificuldade atual da organização é que o Twitter significa coisas diferentes para pessoas diferentes.

Com 175 funcionários, a empresa só agora pode perceber a força dos seus números e descobrir que são muito maiores do que imaginava. Para o público, desde 2006 que a organização não abria seus números. De acordo com seu outro co-fundador, Bi Stone, o Twitter mantém uma base de usuários de mais de 105 milhões de euros. E ele já está considerando a diferença de usuários cadastrados e ativos, pois, mesmo considerando 50% de retenção, pouco mais de 50 milhões de contas ativas, já justificaria muita atenção do mercado.

Atualmente são:
• 180 milhões de visitantes únicos mensais, com 75% do tráfego proveniente de fora dos Estados Unidos.
• 105 milhões de usuários registrados.
• 180 milhões de visitantes únicos por mês.
• 300.000 inscrições de novos usuários por dia.
• Embora muito atrás do Google e YouTube, o Twitter já calcula 600 milhões de pesquisas por dia.

A utilização do Twitter como um novo meio de comunicação é incontestável e, no mínimo, ele tem representado uma colaboração coletiva que manifesta nossa capacidade de nos ligarmos inconscientemente por meio das experiências que nos movem. O Twitter simboliza o pulso da Web em tempo real. É como um sismógrafo humano, proporcionando-nos uma janela sobre os acontecimentos, temas e tendências que cativam as civilizações digitais.

Em 2008, um jornalista foi preso no Egito e seus tweets pedindo por ajuda foram a chave da sua liberdade. No início de 2009, Ashton Kutner (@aplusk) aceitou o desafio, via CNN, para se tornar a primeira pessoa a chegar a um milhão de seguidores. Hoje em dia, ele já tem quase 5 milhões. Em junho de 2009, a eleição no Irã foi globalizada pelo Twitter.

Não há como desconectar o Twitter, desde sua criação até hoje, das inúmeras experiências humanas e de eventos de gêneros diversos. O Twitter não criou as redes sociais, nem os símbolos @ ou #, mas facilitou nossas preocupações sobre privacidade e, conseqüentemente, incutiu confiança através de nossa participação e contribuição com os seguidores, retweets, favoritos, e, finalmente, uma rede de contatos inestimável com impacto em todas as coisas que fazemos, online e offline.

Twitter está se tornando parte da nossa sociedade e mudando o modo como se formam as relações e se estabelecem novos padrões de comunicação que nos ligam uns aos outros. E, embora muitos critiquem as redes sociais como forma de narcisismo e autopromoção, o Twitter parece estar habilitando uma nova geração de pessoas para ouvir, aprender e comunicar-se com vigor, consciência e paixão.

Tweets agora são artefatos da nossa cultura e, como tal, eles simbolizam um capítulo na evolução da sociedade. O impacto sociológico é incontestavelmente relevante. Quanto ao lado publicitário, o poder da ferramenta está cada vez maior, pois o acesso ao conteúdo e comportamento de compra é enorme. O usuário (consumidor) é quem define quem vai seguir, quais links são dignos de clicar e quais informações são interessantes para compartilhar.

O modelo de negócios do Twitter está totalmente baseado na relevância. São conversas e conexões em torno de um tema comum. A novidade fica por conta dos “Promoted Tweets”, serão muito parecidos com os anúncios que aparecem no Google Search. Eles aparecerão no topo dos resultados de pesquisa. A empresa promete que será "útil". Empresas como Best Buy, Bravo, Red Bull, Sony Pictures, Starbucks e Virgin America já aderiram à nova forma de publicidade. E muito mais está por vir.

A grande vantagem está na capacidade de se manter no topo do fluxo de relevância. A idéia é começar como mídia paga e se transformar em ganhos de mídia com todos os ReTweets. Se os consumidores partilharem informações relacionadas à marca, a palavra poderá tornar-se um catalisador do boca a boca (word to mounth), que espalha a informação através da internet. São os chamados Tweets Orgânicos, que mencionam as empresas e seus serviços, ofertas e valores. Eles são considerados incríveis ganhos de mídia. Assim, todo “ecossistema” ganha dinheiro, e a empresa que primeiro pagou pela mídia vai dividir seu custo com todos esses “distribuidores”.

A contextualização e humanização da publicidade terão grande impulso através do Twitter. Sem a capacidade de se conectar e inspirar as pessoas, as campanhas vão falhar invariavelmente. Aqueles que apelam para as emoções e interesses dos consumidores irão estimular um efeito social que repercute em toda a linha do gráfico social e, eventualmente, no mundo real.

Exemplo: Se alguém escreve muitos tweets sobre café, poderia ser um grande algo para os anúncios da Starbucks. Ressonância e relevância são as duas palavras chaves da “Nova” publicidade. O Twitter está usando ressonância como métrica para determinar a eficácia e a duração total de um tweet promocional. Ressonância examina a visibilidade de um Tweet e ações em torno deles, incluindo quantas vezes ele foi “retweeted”, favorito, etc. Será uma espécie de ROI (return on investment – retorno sobre investimento).

Nos meios de comunicação social, as empresas ganham relações, respostas e confiança que merecem. Outra noticia interessante da Conferência foi que a importância de certos tweets públicos, daqui para frente, ficará guardada formalmente pela The Library of the Congress (A Biblioteca do Congresso Americana), como um repositório de conversação que define um novo meio de comunicação.

Entre os já eternizados estão:
• O Primeiro Tweet do Mundo ,do seu fundador, Jack Dorsey: http://twitter.com/jack/status/20
• Presidente Obama sobre sua vitória em 2008: http://twitter.com/barackobama/status/992176676
• Jornalista preso no Egito (conforme mencionado acima): http://twitter.com/jamesbuck/status/786571964 e http://twitter.com/jamesbuck/status/787167620
E, em conjunto com essa iniciativa, o Google anunciou o “Reply”, que mostra tweets em uma linha do tempo. È como uma máquina do tempo virtual que permite que você especifique o ano, mês ou dia, para ler os tweets de um determinado ponto no tempo. Definitivamente o Twitter não está para brincadeira.

A sensação de saber que move as pessoas que nos seguem é irresistível. Através de sites como TweetDeck, Hootsuite, Seesmic, PeopleBrowsr e outros, é possível saber o fluxo de pessoas que nos seguem e seguimos, relevância dos tweets e procedência dos seguidores. Tudo através de estatísticas precisas e ferramentas fáceis de gerenciar. Ou seja, é possível mensurar sua relevância e ressonância pessoal também. E você? Ainda não se cadastrou no Twitter? Pois cadastre-se agora! Sua empresa, assuntos de seu interesse pessoal e profissional, e até você, estão sendo comentados nesse momento em 140 caracteres.

Não fique de fora! A Era das Redes Sociais em tempo Real já começou!

Gabriela Otto (Diretora de Vendas e Distribuição da Rede de Hotéis de Luxo Sofitel para a América do Sul (www.sofitel.com.br ), Professora de Hotelaria do SENAC, MBA em Gestão de Hotelaria de Luxo na URM e do MBA de Marketing da Rio Branco. Também mantém o Blog “Propagando o Marketing” (http://gabrielaotto.blogspot.com ) e é Consultora de Luxo. Email: gabiotto71@yahoo.com.br / Twitter: @gabrielaotto)


HSM Online
14/05/2010

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Habilidades de TI: rompendo a barreira entre a área de TI e a empresa

Os negócios prosperam quando as metas de TI e da empresa estão alinhadas, mas chegar lá é mais difícil do que parece.

Joshua Hoffman, Technet Magazine

Tem havido muitos debates no setor de TI através dos anos. Qual o melhor protocolo de rede, o navegador da Web correto, a solução de armazenamento ideal e o sistema operacional mais eficaz? Nenhum debate durou tanto tempo, com tanta paixão, ou foi tão central para a profissão do que o debate do papel de TI versus “a empresa”.
É difícil apontar quando isso se tornou um argumento ou um relacionamento antagônico. Durante anos, no entanto, à medida que TI se tornou mais crítica aos sistemas de suporte dos negócios, a tensão aumentou. O problema é quem toma as decisões, que abordagem deve ser tomada ou quais soluções são selecionadas. A TI é apenas um centro de custo ou um meio de se criar valor? E a pergunta mais fundamental e constante: a TI dirige os negócios ou os negócios dirigem TI?
Que esse conflito permanente e não resolvido continue em tantas organizações não é bom para ninguém. A TI e as iniciativas de negócios operariam com mais eficiência e eficácia se o método fosse de colaboração em vez de competição. Precisa haver um desejo de alcançar os mesmos objetivos. O desejo provavelmente existe, mas a maioria das organizações precisa apenas reformular o debate.
Como podem as empresas reposicionar as funções de modo que transmita não apenas a natureza crítica dos serviços de TI, mas também o valor que esses serviços podem oferecer como resultado final? Que linguagem pode ajudar a tornar as discussões entre a TI e os gerentes de unidades de negócios mais produtivas? E que recursos estão disponíveis para ajudar os profissionais de TI a continuar desenvolvendo suas habilidades e ter um papel maior em suas organizações?

Custo versus valor

Uma das principais bases desse conflito é se TI é um custo para uma organização. É simplesmente a soma total de dólares gastos em hardware, software, cabos, energia, etc.? TI fornece valor financeiro diretamente ao resultado final? Esses são os principais problemas.
A TI pode e, com frequência, economiza dinheiro para uma organização. Ela também aperfeiçoa os processos comerciais, que por sua vez economizam mais dinheiro. A realização e consideração do valor desses esforços são, em sua essência, um trabalho de marketing.
No artigo da TechNet Magazine, “Reinventando a TI em tempos difíceis,” Romi Mahajan afirma que a TI é percebida por muitos como uma mercadoria. O departamento de TI tornou-se uma organização de instalações, responsável por manter as luzes acesas e assegurando que as tubulações funcionem. Nesse caso, é necessário um esforço consciente por parte do profissional de TI para reagir a essa percepção e, por todas as intenções e propósitos, “bater em seus próprios peitos”.
É essencial contar a história de forma acessível. A linguagem importa muito. Muitos profissionais de TI tendem a cair de novo na “linguagem técnica”. É mais fácil explicar como e por que alguma coisa funciona do modo que o faz em termos técnicos, e expressar valor em termos de largura de banda, rendimento ou poder de processamento, do que valor comercial demonstrável. Isso provavelmente fará com que os líderes de negócios simplesmente ignorem do mesmo modo que os gerentes de TI o fazem quando ouvem discussões sobre ciclos de previsão de orçamento.
O valor de TI vai muito além de parâmetros de comparação técnicos. É melhor expressá-lo em termos mais humanos. O que as pessoas de sua organização puderam alcançar como resultado da nova tecnologia? Seus funcionários experientes estão mais bem conectados aos clientes ou parceiros? Quão mais fácil é seu trabalho como resultado das novas ferramentas? Quanto tempo foi economizado, tempo que agora pode ser focalizado em objetivos mais importantes?
Considere aprender para contar sua história como um objetivo de desenvolvimento profissional. É fácil fazer um programa de treinamento da versão mais recente do SQL Server ou Exchange. Desenvolver sua capacidade para articular o valor de TI em termos humanos pode parecer um grande desafio, mas é provável que pague mais dividendos significativos a longo prazo.

Artigo completo em.... http://technet.microsoft.com/pt-br/magazine/gg703766.aspx