quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mesmo na incerteza, cenário é positivo

Mesmo na incerteza, cenário é positivo
A crise econômica internacional ainda assusta o Brasil e, mesmo com as incertezas, a tendência é de crescimento em 2012 e 2013. O que se espera é que o Brasil e o Ceará não sofram tanto os efeitos das turbulências
Por PAOLA VASCONCELOS e PAULO ARAÚJO

Em agosto de 2011, o Poder Executivo enviou proposta orçamentária ao Congresso Nacional com previsão de crescimento de 5% em 2012. Depois dos abalos causados pela crise econômica europeia no mundo e de pacotes de incentivo ao consumo interno para amenizar seus efeitos, as estimativas do próprio governo brasileiro estão mais modestas, permeadas de “poréns”, sem, no entanto, serem negativas.
Caso os cofres europeus não sofram novamente um quadro mais grave, a expectativa do Ministério da Fazenda é que a economia brasileira cresça entre 4% e 5% em 2012, mantidos os parâmetros atuais. Tal ritmo, segundo o ministério, será sustentado mesmo com a permanência do superávit primário de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e a meta central de inflação de 4,5%.
A própria presidente da República, Dilma Rousseff, repetiu várias vezes que acredita que o Brasil não será afetado pela crise europeia. Aposta no mercado interno para isso, mas, nos últimos momentos do ano passado, pregou sobriedade. Apesar do bom prognóstico de economistas e especialistas da área, que acreditam que 2012 e 2013 serão anos de crescimento, na indústria os empresários estão cautelosos.
A pesquisa Investimentos na Indústria, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no início de dezembro, aponta que a crise externa é o principal risco aos investimentos das empresas em 2012. Para 75,7% dos empresários, as incertezas em relação ao desempenho da economia mundial podem comprometer os planos de expansão futuros. Em 2011, 42,2% das empresas adiaram ou cancelaram investimentos, principalmente por causa das turbulências econômicas.
Além da crise, as empresas estão sentindo o acirramento da concorrência. Por isso pretendem aumentar os investimentos em inovação e ganhar competitividade. No próximo ano, 20,9% das empresas têm como principal foco dos investimentos a criação de produtos. O alvo de 11,6% dos empreendimentos será a implantação de novos processos. Neste ano, a criação de produtos foi o principal destino dos investimentos de 12% das empresas. A inovação em processos era a prioridade de 6,3% das indústrias. A CNI mostra que, mesmo com a crise, os empresários brasileiros estão otimistas, com 86,6% pretendendo investir em 2012. O percentual é próximo ao registrado neste ano, no qual 88,7% aplicaram recursos na ampliação das fábricas e melhoria de processos e produtos.
O que acontecer no cenário internacional, inevitavelmente atingirá o Brasil e, por consequência, o Ceará. Mas o Brasil pode se considerar numa posição estratégica porque a economia está fortalecida e o país preparado para possíveis baixas. O próprio ministro Guido Mantega mantém o otimismo, entendendo que o Brasil tem condições de reagir à crise e neutralizar os seus resultados.
Conforme o coordenador da Unidade de Economia e Estatística do Instituto de Desenvolvimento Industrial (INDI), instituição ligada à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), economista Pedro Jorge Ramos Vianna, caso não ocorra um agravamento da crise econômica mundial, o ano de 2012 pode ser melhor do que 2011 para a indústria cearense. “Isso se a Europa e o próprio Estados Unidos superarem o momento de crise. Espero que seja melhor porque, no Ceará, o papel do setor público é ainda muito importante para a economia. O governo estadual tem realmente feito grandes investimentos, com recursos próprios, um montante razoável entre 3 a 4 bilhões de reais. Além disso, há os recursos da Copa de 2014, ainda não gastos na sua totalidade. A perspectiva é que se gaste algo em torno de 7 a 9 bilhões de reais no Ceará”, diz Pedro Jorge.
Segundo o economista, 2012 e 2013 seriam os anos para aplicar esses recursos. Nesse período, o Ceará teria algo em torno de 10 bilhões de reais em investimentos, o que representa cerca de 14% do PIB de 70 bilhões de reais. “Isso é uma taxa de investimento muito elevada e com certeza fará com que a economia cresça”, diz Pedro Jorge.
Em nível nacional, ele destaca que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal ainda continua com um comportamento modesto, uma vez que, a cada ano, gasta-se entre 10% e 15% dos recursos. “Em 2012 e 2013, o PAC deverá deslanchar e os recursos serão implementados.” No setor industrial, explica o economista, é do mesmo jeito: “Se a economia cresce, a indústria cresce também. Ao entrar recursos na economia, significa consumo e também produção; portanto, a indústria aumenta. Quanto será não é possível aquilatar, mas, certamente, crescerá mais do que em 2011”.
A previsão é que os mais beneficiados sejam os setores da construção civil, mineral não metálico e metalúrgico. Se aumentar a renda da população (é o que se espera), o segmentos de calçados, vestuários e produtos alimentares também crescerão. “Talvez o mais beneficiado seja a construção civil, pelos investimentos em infraestrutura”, prevê Pedro Jorge.
Dentre as dificuldades que o Brasil e o Ceará podem enfrentar, em primeiro lugar está a crise internacional. Em segundo lugar, vêm as políticas cambial, fiscal e financeira do país, com juros muito elevados. “O Brasil terá de modificar essas três políticas para que o governo seja o indutor de um maior crescimento. Não tem sentido manter o câmbio como está nem a taxa de juros tão elevada. Espero que o Banco Central consiga reduzir. É claro que o Brasil vai ter de fazer o dever de casa”, destaca o economista do INDI.
Resistência brasileira
É impossível que a crise internacional não afete o Brasil e o Ceará. A opinião é do economista e empresário Fernando Castelo Branco Ponte, presidente do Conselho Temático de Economia, Finanças e Tributação da FIEC. “Para quantificar a dimensão dessa influência, é preciso ter uma bola de cristal porque o cenário é incerto”, diz. O investimento do governo, explica, ameniza os efeitos da crise e a indústria nacional, com a diminuição das exportações, pode desviar sua produção para o mercado interno.
De acordo com Fernando Castelo Branco, o Brasil está em boas condições para enfrentar as possíveis dificuldades e limitações que o cenário internacional impõe. “Os fundamentos da economia brasileira são favoráveis para que o país não fique estagnado. Por outro lado, em períodos de crises sempre surgem novas oportunidades de negócio. “Empresas de países capitalizados e com liquidez vão procurar mercados com retorno melhor”, considera.
Por causa da crise, os países europeus mais bem relacionados com o Brasil, sobretudo com o Ceará, como Itália, Espanha e Portugal, acrescenta Fernando Castelo Branco, podem reduzir seus negócios por um lado, mas, por outro, podem ensejar novas conquistas. “A ideia é que, se formos atingidos, possamos sair menos chamuscados.”
O empresário Fernando Cirino Gurgel, presidente da Durametal, destaca que, apesar de a crise afetar o mundo todo, o Brasil está mais protegido do que os países da América do Sul, Europa ou Estados Unidos. Para ele, o Ceará está em situação “razoável” e crescerá da mesma forma. No entanto, com os grandes investimentos em infraestrutura que o Brasil receberá nos próximos anos, o seu setor, o metal-mecânico, está bem aquecido. “São muitos pedidos de estruturas para caminhões e ônibus”, completa.
Para combater as dificuldades que a crise pode trazer, Fernando Cirino diz que o governo brasileiro deve fazer o tal do “dever de casa”. Isso significa, na sua visão, melhorar a qualidade do gasto público com o custeio da máquina e estabelecer prioridades, além de combater fortemente a corrupção. “É preciso que os governantes tenham juízo para que o país não seja prejudicado”, alerta.
Exportações
Em época de crise, todas as perspectivas em relação ao futuro estão associadas a incertezas. O prognóstico é do superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Eduardo de Castro Bezerra Neto, da FIEC. “Devemos levar em consideração que os governos dos países em crise e os governos dos que estão a ajudá-los procuram soluções para sair desse cenário. Não há como garantir se haverá sucesso ou insucesso. Todavia, não existe crise alguma na história que tenha sido infindável; todas têm um fim”, ressalta.
O Ceará, assim como o Brasil, está situado numa posição muito confortável no cenário econômico global, entende Eduardo Bezerra. “Isso porque o Ceará termina o ano de 2011 com um recorde nas suas exportações e não há indício de que em 2012 venha a ocorrer uma queda.” Ele acrescenta: “Vamos superar 1,3 bilhão de dólares em exportações. Estamos dentro do círculo virtuoso da economia brasileira”.
Apesar da crise internacional, o Ceará, segundo Eduardo Bezerra, deve manter o ritmo das exportações. Um dos motivos é o fato de seus produtos terem entrado em 12 novos países. “Isso em economia significa avançar em novos nichos de mercado. Como o Ceará é um estado responsável por apenas 0,5% das exportações brasileiras, vender valores pequenos em muitos países é que forma o valor global.” O comportamento das exportações brasileiras é bem concentrado. Os dez maiores estados exportadores do país comercializam 90% daquilo que o país exporta, enquanto que os 10% restantes são disputados pelos demais estados.
A criatividade do empresário cearense é algo que impulsiona a economia, conforme Eduardo Bezerra. Os empresários enxergam oportunidades e saem em busca de novos mercados. “O século 21 é da Ásia. E a Coreia já revelou interesses no Ceará. É também o momento de nosso estado expandir seus negócios para a América Central e o Caribe”, considera.
Para Eduardo Bezerra Neto, embora os analistas internacionais façam estimativas de que a crise da União Europeia deverá se prolongar por mais de três anos, o Ceará tem a probabilidade de são ser afetado e continuar expandindo as suas exportações.

Crescer 3,2% em 2012

Apesar do otimismo do governo federal, que prevê crescimento entre 4% a 5% em 2012, relatório semestral de perspectivas da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado no fim de novembro último, diz que a economia brasileira está experimentando um arrefecimento por causa da deterioração do contexto internacional e essa mudança se traduzirá em crescimento de 3,4% em 2011 e de 3,2% em 2012. As expectativas de crescimento são menores das que o mesmo organismo apresentou em maio, quando projetou uma progressão do PIB do Brasil de 4,1% em 2011 e de 4,5% em 2012.
Em um capítulo dedicado às economias emergentes, a OCDE, que prevê aumento do PIB do Brasil de 3,9% em 2013, destaca que a demanda interna será o motor da economia brasileira, graças à expansão do crédito e do aumento da receita do trabalho e, em menor medida, do investimento. Na avaliação do organismo, após as medidas de estímulo aplicadas para combater a crise em 2008-2009, a prioridade deve continuar sendo o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, confia que, apesar do “amplo aumento do salário mínimo” planejado para o próximo ano, os objetivos sejam cumpridos.
Caso a crise econômica se agrave, a OCDE aconselha uma série de reformas para o Brasil, como o estímulo à política monetária, que poderia ser acompanhada de incentivos fiscais, com garantias de consolidação fiscal no médio prazo, para garantir a sustentabilidade das finanças públicas e da Seguridade Social. O relatório recomenda às autoridades que simplifiquem o sistema fiscal e apostem em aplicar algum tipo de retenção nas relações de empregados e harmonizar os impostos sobre o valor agregado dos estados. Com relação à indústria, em vez de uma nova política, destaca a importância de medidas que reduzam de forma duradoura os custos de produção no Brasil, simplificando o sistema fiscal e desenvolvendo infraestruturas para diminuir o impacto dos transportes.

Construção mantém otimismo

A incerteza que preocupa outros setores da economia cearense parece não existir na indústria da construção civil. O fortalecimento do mercado imobiliário e o investimento em obras públicas deram fôlego ao setor em 2011, que já vinha de expansão nos anos anteriores. A expectativa é de manutenção do crescimento. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon/CE), Roberto Sérgio Oliveira Ferreira, afirma que o setor espera um 2012 equivalente a 2011, com crescimento entre 5% e 5,5%. “Esse crescimento é, sem dúvida, uma grande vitória. O aumento esperado do PIB nacional é de cerca de 3,5% e estamos crescendo 2% acima”, comemora. O cenário positivo para a construção no Ceará deve permanecer também em 2013. “O biênio 2012-2013 deve trazer uma situação muito razoável”, avalia Roberto Sérgio.
Os investimentos públicos em infraestrutura e em mobilidade urbana, impulsionados pela realização da Copa do Mundo, devem colaborar para movimentar o setor de construção em 2012. “Se contarmos apenas as obras do estádio Castelão, de mobilidade urbana e do VLT (veículo leve sobre trilhos), os investimentos são da ordem de 1,5 bilhão de reais”, diz Roberto Sérgio. A construção civil cearense, principalmente em Fortaleza, também ganha força para o futuro com os financiamentos públicos ao setor de habitação, como o programa de financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal (CEF) e o crédito imobiliário do Banco do Brasil (BB), de acordo com Roberto Sérgio. A tendência é nacional. A carteira de crédito imobiliário do BB atingiu 7,02 bilhões de reais em novembro, o que representa aumento de 105% em relação ao registrado em dezembro de 2010.
Em 1º de dezembro de 2011, o ministro Guido Mantega anunciou uma série de medidas com o objetivo de acelerar a economia. Para estimular o setor da construção, o governo elevou o valor para classificação de imóvel popular para ingresso no Regime Especial de Tributação (RET) de 75 000 reais para 85 000 reais, aplicável às incorporadoras imobiliárias.
As obras no Ceará do PAC colaboram para o aquecimento do setor da construção civil. Em relação aos próximos anos, Roberto Sérgio aponta como destaque as obras da terceira fase do Porto do Pecém, da estação de passageiros do Aeroporto Internacional Pinto Martins e da estação de passageiros do Porto do Mucuripe.
O Minha Casa, Minha Vida, programa de habitação do governo federal, é forte propulsor da construção civil em todo o país. Porém, Roberto Sérgio aponta que, no estado, o programa vem decaindo. “O Minha Casa, Minha Vida está diminuindo no Ceará, sobretudo em Fortaleza. A capital tem um déficit habitacional grande, mas tem o custo do terreno muito alto pela pequena área do município, o que dificulta a expansão do programa. Se houver expansão, é em Caucaia, Maracanaú e Aquiraz, municípios da região metropolitana de Fortaleza”, finaliza.

Impulso à mão de obra


A FIEC tem o importante desafio de impulsionar o crescimento do estado. O presidente da FIEC, Roberto Proença de Macêdo, destaca que a federação também tem seu “dever de casa” em 2012: atender à nova demanda de mão de obra especializada para a indústria, algumas delas de uso inédito no Ceará. “Temos de avançar para atender a essas demandas no setor de automação industrial e operacional. Só a siderúrgica, na sua implantação, vai precisar de 15 000 novos profissionais especializados. É papel da nossa federação treinar, preparar essa mão de obra e também a gestão. É necessário formar isso aqui. Ciente dessa necessidade, nosso dever de casa é muito forte e estamos preparados para isso”, destaca.
O cenário internacional, segundo Roberto Macêdo, ainda está obscuro. Ele acredita que vários cenários podem surgir, uma vez que não se sabe o desdobramento dos problemas que afetam os países em crise. “Não temos claro ainda como essas dívidas serão renegociadas, prorrogadas, e como ficarão os bancos que estão dando suporte. Então, como o Brasil depende muito de suas exportações, nós poderemos ter algum reflexo.” Apesar das incertezas resultantes do quadro internacional, ele mantém o otimismo: “O Brasil é um país que está ainda em construção, temos uma demanda interna não atendida fora de série, tanto na infraestrutura como no próprio consumo”.
Por conta do mercado interno, principalmente após o novo pacote de reduções fiscais do governo, o presidente da FIEC acredita que a economia deverá ter respostas muito favoráveis que compensarão os efeitos externos. “A economia poderá crescer 4% em 2012 e, este ano, ficar em torno de 3% no país, sendo o Ceará um pouco acima”, avalia.
Em relação ao nosso estado, Roberto Macêdo ressalta que há uma dupla oportunidade: “A implantação da siderúrgica e da refinaria. Temos também vários outros projetos que estão em maturação e, implantados, passarão a dar bons resultados”.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Métricas que ajudam a definir estratégias

Ferramentas de análise e controle de acesso online nas redes sociais ajudam empresas a profissionalizarem redes sociais corporativas

Avaliar a presença nas redes sociais se tornou essencial e há disponível no mercado diversos novos sistemas e plataformas de mensuração que priorizam dados qualitativos ao invés de métricas quantitativas tais como como números de seguidores ou registrados.

“O comportamento espontâneo dos usuários é o mais importante nas mídias sociais corporativas. Monitorar esse comportamento e responder o que estas pessoas esperam é o que gera valor para as empresas presentes nas redes”, explica Juliano Kimura, executivo da Gaia Creative.

A ferramenta que tem se disseminado mais rapidamente nesse contexto é o Klout, da empresa americana que permite que uma marca ou campanha de sua empresa seja analisada em termos do público que atinge e retorna ao cliente com dados sobre o número de pessoas influenciadas e quantas delas realmente ajudarão a “espalhar” a sua mensagem.

Essas e outras ferramentas permitem um grau de detalhamento fornecido a respeito do público que consome sua informação; o Klout, por exemplo, separa perfis em 16 diferentes categorias, com base no tipo de influência gerada, o que ajuda na definição de “networkers” inatos ou se o público atingido tenha um caráter mais informativo, mirando perfis como “broadcaster” ou “curadores”, além de outros perfis como “explorador”, “especialista” e “degustador”, que são apontados com base no tipo de relação que cada um possui com seus amigos, seguidores e leitores.

“Não importa se uma pessoa tem cem ou mil amigos, mas sim a relevância que representa para o seu público-alvo e o quanto e como suas mensagens podem influenciá-lo”, diz Kimura.

Segundo Joe Fernandez, CEO do Klout, em recente entrevista à revista Forbes, a ferramenta possui o potencial de se tornar tanto um padrão de avaliação de perfis de usuários e empresas quanto instrumentos de rating de financeiras para concessão de empréstimos e análises de ações em bolsa.

Vinculando sua marca

A Klout e outras dessas ferramentas, como Sysomos e as brasileiras Scup e Aceita ajudam empresas a localizar perfis e personalidades adequadas ao vínculo com suas marcas.

O twitter da Claro, por exemplo, vinculou sua marca na rede ao nome do jogador de futebol Ronaldo e hoje possui mais de dois milhões e meio de seguidores. Com essas novas ferramentas, é possível avaliar se o craque gera confiança em suas dicas para compra e consumo ou se as pessoas apenas seguem as marcas que ele representa para receber mais informações a respeito do próprio jogador.

Resumindo, tais métricas podem apontar falhas em uma estratégica que, sob a ótica meramente quantitativa, são bem-sucedidas.

Segundo Paula Marsilli, presidente do comitê de Métricas do Interactive Advertising Bureau (IAB), o mais importante é que a presença da marca nas redes tenha objetivos bem definidos para que seja possível definir e monitorar o tipo de métricas que se quer alcançar.

Investimento e limitações

Klout é uma ferramenta gratuita, mas em geral a maioria desses softwares e plataformas de monitoramento envolve o investimento de valores que variam entre 50 e 500 dólares, a depender do plano e volume de público envolvido. A maioria delas ajuda a decifrar detalhes sobre o modo que o público é influenciado, mesmo com algumas limitações, como diz Kimura: “não são capazes de detectar uma ironia, por exemplo”.

Entretanto, os dados coletados não possuem muita utilidade caso não sejam interpretados por profissionais preparados, que possam gerar conclusões a respeito desse monitoramento.

Confira outras ferramentas semelhantes:

Radian6
Trendrr
Social Mention
ScoutLabs
Alterian
Twitter Grader
Follower Wonk

Portal HSM
20/12/2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Redes sociais no trabalho: quais são os limites?

Por Edmar Bulla

É impressionante que 44% dos profissionais mais jovens no Brasil e em outros 13 países preferem ter livre acesso à internet para entrar nas redes sociais do que receber um salário alto. A pesquisa, conduzida pela Cisco Connected World Tecnology, entrevistou quase 3 mil pessoas e ainda descobriu que 74% dos brasileiros chegariam a recusar uma oferta de trabalho ou até mesmo acessar redes sociais como Twitter e Facebook escondidos caso fossem bloqueadas.

Pesquisa da Cisco na íntegra

Resolvemos então consultar os leitores do blog Sulfúrico e perguntar: "Sua empresa deixa você acessar as redes sociais no trabalho?". A maior parte afirmou poder acessar sem problemas seu Twitter ou Facebook, independentemente do dispositivo de acesso. No entanto, quase 40% ainda têm problemas com isso, seja por uma repressão velada, porque "não pega bem ficar acessando" ou o acesso é simplesmente "bloqueado" (20%). E isto nos leva a uma reflexão muito séria a respeito das relações de trabalho e sobre a revisão dos códigos de conduta nas organizações. Está claro que novos modelos de trabalho são urgentemente exigidos, de modo a reconfigurar estruturas, estabelecer novos parâmetros, limites e regras para os tempos digitais.
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Imagem: ThinkStock

Se as empresas costumam acusar questões de segurança, privacidade de dados, produtividade e dispersão como os principais fatores para limitar o acesso dos seus funcionários às redes sociais e, se em muitas cidades enfrentamos problemas críticos de congestionamento e segurança, por que não flexibilizar as relações e testar o home office, resolvendo assim dois problemas de uma única vez? É urgente que o home office seja muito mais estimulado em grandes cidades. Para citar somente um exemplo, o governo inglês, com o apoio da Microsoft, quer convencer pessoas a trabalharem de casa. Não só porque a situação está ficando insustentável ambientalmente, mas porque novos processos de trabalho precisam ser criados.
Decididamente, não podemos mais viver em escritórios que traduzem uma ambientação clássica de administração anterior à era digital, seja física ou mental. Além do mais, pensem que profissionais em home office podem ser mais felizes que os que trabalham no escritório, o que pode ajudar paralelamente as empresas. Somente para citar alguns benefícios, empresas que adotam o home office possuem funcionários mais produtivos, economia de espaço e corte de custos, gestão aprimorada de TI, redução de custos de manutenção de TI, ampla utilização dos serviços baseados na nuvem de computadores, sem falar na agilidade nos negócios e na tomada de decisões. Em suma, existe uma possibilidade gigantesca de redução de custos e de benefícios relacionados à qualidade de vida na adoção de uma nova forma de gerenciar pessoas e trabalhar chamada de home office.
Se considerarmos que um terço dos brasileiros leva mais de uma hora para chegar ao trabalho, de acordo com pesquisa CNI/Ibope e, além disso, em cidades com mais de 100 mil habitantes, 32% dos moradores levam mais de uma hora para percorrer o trajeto entre a casa e o trabalho, temos uma situação por si só insustentável e, novamente, o home office se encaixa como uma luva.
Se a barreira cultural pode ainda estar relacionada à mentalidade de executivos mais conservadores, precisamos acreditar que novas gerações estão começando a inovar, porém ainda com muita resistência. Já comentamos no blog que, em 2010, os primeiros representantes da chamada Geração Y completaram 30 anos. Em muitas organizações é possível perceber mudanças significativas. Em outras, no entanto, ainda enfrentamos mentalidades arcaicas que justificam que as redes sociais são perigo de produtividade e, por esse motivo, devem ser bloqueadas. E minha pergunta é: como bloquear canais nos quais o seu consumidor está se expressando e que podem ser pontos de contato fundamentais para estabelecer, intensificar, criar ou melhorar o relacionamento da sua marca com seus consumidores?
Em uma recente pesquisa feita pela Abril com jovens de 15 a 24 anos, 72% dos universitários brasileiros afirmaram que a web é mais importante que namorar e mostraram uma inseparável relação com seus gadgets, dispositivos móveis, laptops e, claro, as redes sociais. Considerando que são esses mesmos jovens que vão assumir os novos postos executivos em muitas organizações, vamos esperar e acreditar que toda a mudança necessária nas relações de trabalho e com o trabalho seja uma mera questão de tempo. Você acredita nisso?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O profissional multifuncional


O profissional multifuncional
por Valdessara Bertolino*



A competitividade e a instabilidade nas organizações obrigam o profissional deste novo milênio a atuar multifuncionalmente.

O sonho de qualquer aluno universitário, até bem pouco tempo atrás, era concluir os estudos, especializar-se em sua área de formação e gozar dos prazeres de possuir um "diploma". Estes sonhos, no entanto, têm sido alterados pela necessidade da sobrevivência.

Com a estagnação do mercado em várias áreas, ficou impossível absorver toda mão-de-obra ofertada. E, para não serem atropelados pelo "tempo", muitos brasileiros tiveram de desenvolver outras atividades, acrescidas às suas competências técnicas específicas, apreendidas na graduação.

Alguns fugiram totalmente do sonho inicial.

Segundo dados recentes do Ministério do Trabalho, de cada 10 brasileiros com curso superior, sete exercem atividades diferentes das quais estudaram. Trata-se de uma nova tendência no mercado profissional, ligada aos avanços tecnológicos e à própria globalização.

Formar-se em curso superior não significa encerrar a carreira e estagnar. Precisamos repensar, pois nem todos os indivíduos estão preparados para acompanhar essas transformações e mudanças que o mundo do trabalho está exigindo.

O ambiente de trabalho, hoje, é extremamente competitivo e seletivo, fazendo com que o crescimento e os resultados de uma organização sejam obtidos à custa das competências pessoais, e não só de habilidades técnicas.

A sociedade requer profissionais "cidadãos", envolvidos com o todo e preocupados com resultados satisfatórios à comunidade global. O perfil do profissional do século 21 mudou e irá mudar muito mais, para acompanhar as exigências do mercado globalizado. Este é um processo muito dinâmico. Portanto, as oportunidades são diferentes e certamente direcionarão os rumos das novas formas de trabalho.

Além dos requisitos de polivalência e da multifuncionalidade, o indivíduo necessita ter flexibilidade, saber trabalhar em equipe, ser criativo e estar predisposto a aceitar mudanças e desafios constantes.

Este é um processo de formação e de aprendizado contínuo, onde é necessária a conscientização de que os valores são outros, exigindo, consequentemente, que se eliminem preconceitos e quebrem paradigmas, para enxergar as oportunidades e aumentar a visão do futuro.

A história nos revela momentos de mudança e quebra de absolutismos. A Revolução Industrial, por exemplo, que substituiu a força braçal pela máquina a vapor, possibilitou a entrada de mulheres nas fábricas, criando um novo cenário. O mesmo ocorreu com a revolução da informática, na qual a tecnologia digital empurrou as pessoas para a polivalência, sendo necessário e urgente aprender inglês e dominar, pelo menos, o "pacote Office". Com isso, surgiram novos espaços de trabalho ligados ao mercado da informação e empregos virtuais.

Logo, vemos que as profissões acompanham o processo histórico, ou seja, as grandes revoluções tecnológicas e científicas que marcam nossa época. Na há mais espaço para o profissional que pensa e age em "caixinhas", que se atém somente à sua especialidade.

Hoje, o profissional deve ser multifuncional, ter visão macro e agir integradamente. A multifuncionalidade não só é uma vantagem, mas uma meta que as empresas têm perseguido. E que até procuram incutir este perfil em seus funcionários. Ela é uma exigência do mercado de trabalho, considerando que o profissional deva ter muito mais do que só o desenvolvimento de tarefas e funções pertinentes ao cargo, mas, principalmente, a capacidade de apreender novos conhecimentos e estar preparado para oferecer soluções aos diversos problemas enfrentados pela organização.

O ser empregável deve expressar engajamento pessoal, demonstrando responsabilidade, lealdade e capacidade de tomar decisões, construindo o seu conhecimento. A história nos revela que Taylor e Ford nada mais fizeram do que dar vida a um princípio da economia clássica inglesa, em que Smith dizia que a especialização era um benefício para o desenvolvimento econômico. E exemplificou, com o célebre caso dos alfinetes.

Contudo, a forma de organização fixa fordista passou a enfrentar várias crises, devido às mudanças econômicas mundiais. Mas, é com o que se chamou de pós-industrialismo e, mais genericamente, o pós-modernismo, que se viu o modelo de especialização com sérios abalos. Os japoneses foram os pioneiros na instituição de uma forma de organização de produção - "toyotismo" - que substituiu a rigidez da linha de montagem pela flexibilização das linhas de produção.

Os operários passaram a ser especialistas em generalidades. Eles, além de se auto organizarem no espaço da fábrica, ainda detêm conhecimento sobre o processo inteiro de produção da mercadoria, pois as funções são permutáveis. Assim, já não existe o especialista em "apertar parafusos", mas o funcionário que constrói carros.

Com tudo isso, vemos que a polivalência e a multifuncionalidade são traços que as transformações das sociedades “transformaram” em exigência para a organização da vida social. Nada garante, contudo, a imutabilidade deste processo.



* Valdessara Bertolino é Doutoranda em Ciências Sociais, Mestre em Educação, Pós-Graduada em Tecnologia Educacional, Graduada em Direito e Secretariado, Professora e Coordenadora Universitária da Uninove (Centro Universitário Nove de Julho).




domingo, 27 de novembro de 2011

Ser Ocupado ou Ser produtivo - qual a diferença?

As 3 diferenças entre a pessoa produtiva e a pessoa ocupada



14 comentários

Publicado em 26 de julho de 2011 por Millor Machado
Uma frase extremamente comum no mundo corporativo é “Não tenho tempo para nada!”. Como fã da democracia, eu sou obrigado a discordar! O tempo é um dos poucos recursos que todas as pessoas têm, igualmente.

Por outro lado, a forma que você aproveita as suas 24 horas, aí sim são outros 500.

Se está entre as pessoas que “não tem tempo pra nada”, confira abaixo algumas diferenças de postura que podem te levar a um dia-a-dia muito mais produtivo.


Mesmo apagar incêndios pode ser feito sem desespero

1. Ocupar o tempo vs. aproveitar o tempo
Existe uma coisa chamada Lei de Parkinson, que diz que “O trabalho se expande para preencher o tempo disponível para ser concluído”. Ou seja, se você fala pra uma pessoa ocupada “Você tem até tal hora para entregar algo”, essa pessoa dará um jeito de ocupar essas horas, mesmo que o prazo esteja extremamente folgado.

Por outro lado, as pessoas produtivas pensam “Preciso entregar essa tarefa. Vou dar um jeito de aproveitar as horas que tenho e entregar o máximo possível”.

Com esses pensamentos diferentes, dificilmente uma pessoa ocupada entregará algo antes do prazo. Em compensação, a pessoa produtiva está sempre pensando em formas de entregar além do esperado.

2. Fazer o que acontece vs. fazer acontecer
Uma pessoa “ocupada” se distrai muito fácil. Isso acontece porque sem um objetivo claro, qualquer interrupção parece relevante e o que é importante mas não é urgente fica sempre deixado pra depois.

A pessoa produtiva sabe que precisa alcançar um objetivo importante. Tudo que não estiver relacionado com esse objetivo deve ser ignorado até o objetivo seja alcançado.

Faz sentido imaginar um piloto de F1 checando o Facebook a cada 5 minutos durante a corrida? Por que faria pra você?

3. Seguir as regras vs. criar as regras
Pessoas sem postura produtiva normalmente recebem uma sequência de tarefas e saem executando sem entender muito bem o porquê. Isso tira a motivação e aumenta muito a dificuldade da tarefa.

Em compensação, pessoas produtivas fazem questão de entender exatamente onde precisam chegar. A partir disso, elas conseguem criar seus próprios planos e executá-los de maneira eficiente.

Conclusão: Produza ou descanse, enrolação é desperdício
Que fique bem claro, trabalhar 37 horas por dia dificilmente é a coisa mais produtiva a se fazer. Assim como qualquer máquina, o corpo humano precisa de manutenção e se você não tiver momentos para descansar, uma hora a máquina quebra.

Por isso, não tem problema algum checar Facebook, tirar um cochilo ou levantar pra tomar uma água, desde que seja num momento em que você esteja conscientemente descansando.

Abraços,
Millor Machado (produtivo enquanto ocupado)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quatro passos para o sucesso de um projeto de TI

Fracassos muitas vezes decorrem de planejamentos falhos, que deixam de considerar restrições básicas.


Projetos, por vezes, saem dos trilhos. É quase uma regra. Mas é sempre possível reduzir o número de projetos com problemas insolúveis.
A despeito de muitos fatores afetarem o sucesso de um projeto,os fracassados muitas vezes decorrem de planejamentos falhos, que deixam de considerar restrições básicas. Em TI, restrições nas seguintes áreas:

Habilidades específicas - Todo planejamento deve considerar a disponibilidade de habilidades de alta demanda. Um varejista integrante da lista de 500 maiores empresas da Fortune precisava reconstruir quase todas as aplicações em uso. Inicialmente, o plano parecia agressivo, mas alcançável. Uma análise mais profunda, porém, revelou falhas de pessoal significativas. Nove pessoas-chave, incluindo arquitetos e gerentes de projeto, receberam atribuições em excesso, em mais de um projeto. Evite isso, verificando a disponibilidade de pessoal, mesmo que as habilidades específicas sejam necessárias só por um tempo limitado. Isso parece óbvio, mas muitas vezes é ignorado.

Cultura - Os planos devem acomodar culturas distintas de uma organização. Uma empresa global com centenas de pequenos escritórios autônomos não levou em conta a independência desses escritórios ao implantar o help desk corporativo centralizado. Os escritórios não viam valor no help desk e o ignoravam.
Gestores de projeto têm o hábito de ignorar a cultura organizacional por sua conta e risco.

Capacidade de entrega - Toda organização de TI tem limitações impostas pela infraestrutura. Uma fabricante de alimentos, também integrante da lista de 500 maiores empresas da Fortune, decidiu mudar toda a sua força de vendas direta e, simultaneamente, todo o seu mix de produtos e instrumentos de crédito. Infelizmente, seus sistemas caseiros foram inflexíveis. Velhos e mal documentados, transformaram-se em legado de difícil atualização. A equipe de planejamento de TI se recusou a incluir melhorias, apesar dos muitos protestos. Incapaz de tomar decisões ou despachar produtos por seis semanas, a empresa quase saiu do negócio.

Orçamentos - Planejamentos que ignoram restrições orçamentárias estão condenados. Um CIO era obrigado a realizar oito grandes projetos em paralelo, embora não tivesse gestores suficientes. Seus pedidos de contratação de pessoal adicional ou de adiamento eram sempre negados. O pessoal de TI, agora desmoralizado, foi forçado a trabalhar em planos considerados inviáveis. Resultado: muitos decidiram procurar outras oportunidades de emprego.
Falhas de planejamento são frequentemente o resultado de fraquezas das empresas. Pressão de gestão é uma das fraquezas mais comuns. Inexperiência é outra. Equipes de planejamento precisam ter participantes experientes suficientes para garantir que os prazos serão realistas e que as restrições e os riscos, levados em conta.
Mesmo planejamentos agressivos podem ter sucesso se forem realistas. Quanto mais ousado o plano é, menos há espaço para erro. Falhas de planejamento não detectados são prenúncio de fracasso.

(*) Bart Perkins é sócio da consultoria norte-americana Leverage Partners, que oferece aconselhamento para investiments em TI de empresas.

Publicado em http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2011/11/25/quatro-passos-para-o-sucesso-de-um-projeto-de-ti/

terça-feira, 22 de novembro de 2011

“Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem” (por Stephen Kanitz )


Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os superconfiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator relaxa e parte tranquilo para o resto do espetáculo.
Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada artigo que escrevo e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.

Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir essa insegurança? Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora de nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.

Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe que ela é real, verdadeira, que ela tem valor. Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja... O autoconhecimento tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode auto validar-se, por definição. Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém.

Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim". Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando esse poder de validação que só uma companheira ou companheiro amoroso(a) e presente no dia-a-dia poderá dar.

Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a própria insegurança que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo" que nos esquecemos de dizer a nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemo-nos de validar aqueles que admiramos.

 Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se ou dominar os outros em busca de poder.

Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos. Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".


Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja em tomar esta atitude!



Stephen Kanitz é administrador

sábado, 12 de novembro de 2011

Estimular a Criatividade desde Criança, boa reflexão!

Crianças: estimular criatividade na infância ajuda na escolha da carreira
Pedagoga explica que crianças que têm contato com atividades que exigem criatividade podem se tornar mais independentes

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A infância é um período de desenvolvimento físico, mental e psicológico. Estar presente nesse processo e atuar de forma ativa é a grande recomendação de especialistas para os pais. Pensando no futuro das crianças e, principalmente, naquele período em que suas escolhas vão determinar o rumo de suas vidas, os pais devem fazer com que seus filhos se envolvam, o quanto antes, com atividades que estimulam a criatividade.

Na prática, certas atividades estimulam a criação, ou seja, aumentam a capacidade criativa dos jovens. Em um processo criativo, consequentemente, a criança tem de saber justificar suas escolhas, ou seja, por que optou por fazer algo de uma forma ou de outra. Essa habilidade, de saber escolher, é justamente a que vai permitir que a criança cresça tornando-se um indivíduo mais autônomo e independente, capaz de fazer escolhas conscientes.

A pedagoga Maria Ângela Barbato Carneiro, da Faculdade de Educação da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), explica que as atividades que permitem a criação são interessantes, pois o jovem desenvolve algo a partir dos seus próprios interesses e com capacidade de justificar suas escolhas. Se a criança tem a possibilidade de optar por fazer algo da forma que preferir, ela também é capaz de justificar suas opções.

Tudo está ligado ao processo de escolhas, que nada mais é do que um procedimento de reflexão. Esse ponto vai ser importante quando chegar a época de decidir por uma carreira ou outra, e os jovens, mais independentes, vão conseguir ser mais assertivos.

Observe algumas atividades que estimulam o processo criativo:

- Cursos de artes;
- Artesanato;
- Fotografia;
- Teatro;
- Aeromodelismo;
- Materiais tecnológicos (criação de sites e blogs);
- Marcenaria (trabalhos com diferentes materiais).

Observe seu filho

Apesar de ser interessante e recomendado que os pais estimulem os filhos a desenvolver algum tipo de atividade que trabalhe com o processo criativo, alguns cuidados são importantes. Antes de mais nada, a criança precisa sentir prazer fazendo aquilo. “Se ela gosta, mas se sente obrigada a fazer aquilo todos os dias, não será produtivo”, avalia a pedagoga.

Além disso, os pais precisam observar os gostos, as aptidões e os interesses dos filhos. Não se deve selecionar uma atividade e simplesmente matricular a criança no curso. É preciso entender se é isso mesmo que ela quer e gosta de fazer. “Tem que sondar a habilidade e se ver se ela está disposta a fazer”, orienta Maria Ângela.

Por fim, dê opções. Permitir e estimular que os filhos aprendam a fazer escolhas por si só sempre é o mais indicado, mas sempre levando em conta a capacidade e a idade da criança para fazer essa ou aquela opção. Portanto, inclusive nesse momento, a sugestão é apresentar as atividades que seu filho pode fazer e permitir que ele mesmo escolha.

sábado, 29 de outubro de 2011

O Fim do Vale Tudo nas Organizações ?

Ética e sucesso empresarial: o fim do vale tudo
Só o resultado financeiro não basta

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Por Silvio Celestino, www.administradores.com.br

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A demissão do presidente da subsidiária brasileira da Siemens, por desvio de € 6,5 milhões, é mais um alerta de que estamos ingressando em um novo período, no qual a ética é que deve ser o direcionador dos negócios. Por mais utópico e incipiente que possa parecer esse momento, o mundo dá mostras de que o sucesso a qualquer preço está sob forte questionamento.

Uma pessoa que não possui parâmetros éticos irá fazer o que for necessário para ter o que os outros dizem que é o sucesso. Se afirmam que, para ser considerado bem-sucedido, precisa de dinheiro, então fará tudo para tê-lo. Se dizem que precisa ter um carro importado, vai comprá-lo. E, se não possuir condições financeiras para isso, irá consegui-las, custe o que custar, inclusive sua reputação.

O Sr. Adilson Primo estava havia 31 anos na Siemens, era funcionário desde 1976 e presidente desde 2001. Conhecido pelos excelentes resultados nos últimos anos, havia conseguido superar o desempenho de unidades da Índia e da China, e até foi considerado um potencial presidente de todo o grupo. Entretanto, obter resultados deveria ser considerado condição higiênica em uma organização, ou seja, tem de acontecer. Nenhuma empresa existe para dar prejuízo ou apenas para sobreviver. Todo líder empresarial deve ter como critério básico o crescimento constante da companhia. Embora essa tarefa seja difícil, não há mérito em realizá-la sem caráter.

A falta de ética de um líder pode se expressar de muitos modos: cometer um ilícito tão declarado quanto o desse presidente. Engenhar uma fraude financeira ao misturar títulos podres com outros de boa qualidade e vendê-los em conjunto como sendo de primeira linha. E dar classificação de "ótimos investimentos" a esses títulos, levando instituições ao engano de comprá-los.

Mas há outros desvios de conduta que se relacionam à forma como esses gerentes tratam sua equipe. Dirigem-se a ela de modo desrespeitoso e cometem assédio moral. Como os funcionários sentem medo de denunciarem o líder, sua conduta desmoralizadora acaba se perpetuando.

Finalmente, mas não menos antiético, há aqueles líderes que desenvolvem práticas predatórias para mostrar resultados extraordinários. Criam em suas empresas uma cultura que, em vez de estabelecer relacionamentos de longo prazo com seus fornecedores, os levam ao desgaste e, por vezes, à falência. Fazem isso ao forçá-los a oferecer preços menores, prazos de pagamento estendidos e, ainda por cima, não os pagam na data combinada. Literalmente não se importam em matar um fornecedor, pois sabem que podem se esconder por trás de uma marca conhecida. Sabem também que outros aparecerão para fornecer o que precisam, pois não conhecem suas práticas abusivas. Há empresas que cumprimentam seus compradores e departamentos financeiros por atrasarem pagamentos sem incorrer em multas e juros. Danem-se os fornecedores. E os funcionários dos fornecedores, é claro.

O sucesso sem propósito, sem merecimento ou ética está por trás desses atos. Um indivíduo com baixo autodesenvolvimento não terá parâmetros em sua conduta. Como as empresas medem mais os resultados do que a forma como eles são obtidos, estão à mercê de líderes sem caráter, psicopatas ou simplesmente disfuncionais. Essas condutas estão por trás de grandes atrasos no desenvolvimento de países como o nosso. Também são responsáveis por crises como a que vimos em 2008, que se desdobra agora em caos na Europa e manifestações nos Estados Unidos. Diga-se de passagem, ainda vai piorar.

Felizmente, observa-se que foram as ações da Siemens e sua tolerância zero aos casos de contravenção de compliance que determinaram a queda do Sr. Primo. Um rígido programa de ações preventivas contra a corrupção em suas unidades permitiu a detecção e a posterior punição do presidente da subsidiária brasileira. Uma conduta exemplar e que, de forma incipiente, mas constante, está se tornando regra no mundo empresarial.

Particularmente, não aprecio líderes cuja imagem é excessivamente correta, mas que não são supervisionados. Líderes há muito tempo no cargo e com resultados expressivos também se tornam, em geral, acima de qualquer suspeita e por vezes estão fazendo coisas erradas. Na unidade brasileira, Primo era caracterizado pela liderança rígida e correta. Era considerado firme e transparente. A descoberta de sua conduta foi uma surpresa para muitos. Presidentes que se saem muito bem diante de plateias também podem esconder uma conduta questionável no sigilo de uma sala de reunião.

Enfim, penso que as empresas são hábeis em criar processos para os níveis hierárquicos de baixo, mas muito condescendentes com as condutas de seus principais gestores.

A conclusão é que só o resultado financeiro não basta. Assim como para o indivíduo, o sucesso empresarial deve ser iluminado pela ética e por um propósito que seja relevante, marcante e inspirador.

Silvio Celestino - é sócio-fundador da Alliance

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CUIDE DE SUA SAÚDE E DE SUA MENTE


O quanto nossas emoções afetam nossa saúde e bem-estar

A dor de garganta aparece quando não é possível comunicar as aflições e frustrações. Não engula desaforos, mágoas, reclamações. Saiba ter voz, seja uma pessoa assertiva, não precisa brigar! Aprenda a se comunicar e expressar seus pensamentos de maneira clara e objetiva, sem perder a paciência. Se você viver guardando seus sentimentos e pensamentos, uma hora, uma das duas coisas ocorre: pode ocorrer um problema sério na região da boca e garganta (saúde) ou você estoura e diz de uma vez só, tudo o que pensa, com raiva e ressentimentos e acaba magoando todos ao redor. Procure não acumular fatos. Assim que ocorrer algo que te desagrade, você pode chamar a pessoa que o magoou e dizer: eu admiro esta característica sua. Comece sempre com algo positivo daquela pessoa. E quando for “reclamar”, reclame de um fato, de uma atitude, não da pessoa. Diga: Não gostei quando você fez isso, pois me senti assim... Um bom líder sabe se comunicar. Elogia pessoas em público e crítica fatos em particular.

O resfriado escorre quando o corpo não chora. Chorar alivia, então chore sempre que sentir vontade. No passado, a pior crença repassada por nossos antepassados era: homem de verdade não chora. Então muitos homens guardaram tão profundamente suas dores e sofrimentos que acabaram cedo com sua saúde e morreram antes do tempo. Precisamos tirar um momento para rir, chorar, brincar, viajar, fazer exercícios físicos, dançar, curtir a vida. Equilíbrio! E lembre-se: chorar de vez em quando, é natural, faz bem e só mostra que você tem sensibilidade e não tem medo de mostrar suas emoções.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair, quando algo acontece e você não aceita, não consegue digerir o fato. Ache uma válvula de escape, grite, dê soco no travesseiro, escreva tudo num papel e queime, pratique um esporte, lute boxe, ache uma maneira de extravasar as emoções, faça terapia. E se possível, elimine as pessoas “nocivas” na sua vida.

O corpo engorda quando a insatisfação com o mundo aperta. Aprenda a aceitar as coisas como elas são. Não seja exigente demais com você, nem com o mundo. Relaxe! Deixe a ansiedade desaparecer... O mundo é perfeito exatamente como é. E se sua frustração refere-se a resultados obtidos, saiba que você pode estar bem mais próximo(a) dos seus sonhos do que imagina. Tenha paciência, nada é impossível e o amanhã pode ser bem melhor, dê mais uma chance para você e seus sonhos. Antes de comer algo, pergunte-se: estou com fome de que? Se não for uma fome física e sim algo emocional/espiritual, não tente resolver com a comida. Coma o que desejar, mas apenas quando estiver com fome e esteja presente quando mastigar – foque no agora. Ao invés de engolir desesperadamente na frente da TV, sem sentir o gosto da comida, saboreie cada mordida, sinta o sabor, cheire, feche os olhos, sinta a textura dos alimentos na sua boca e tenha gratidão a ele. Se você conseguir fazer isso, seu metabolismo funcionará perfeitamente e tudo que não for necessário, seu corpo expelirá.

A dor de cabeça aparece quando as duvidas aumentam e aparecem as críticas. Surge um desconforto como se você estivesse vivendo um problema sem saída. Relaxe, ore, medite, converse com alguém, peça ajuda! Confie mais em você e na vida. Acalme-se, tenha mais fé, creia mais em você e em Deus. Como dizem os orientais: se um problema tem saída, resolva! E se não tem, por que se preocupar tanto? Neste caso, aceite-o!


Problemas na coluna indicam que você tem a sensação de que há pessoas ao seu redor que dependem de você. É como se você não quisesse, mas sente que tem que carregar o mundo nas costas, pois acha que os outros são incapazes de resolver seus problemas sem a sua ajuda. Isso não é verdade! Todo mundo tem a capacidade para resolver as coisas. É você quem acha isso, então liberte-se desta crença. Acredite mais nos outros. Cada um tem o direito de viver a vida como deseja, não queira impor seu modo de viver a outros. Aceite as diferenças, afinal você também quer ser aceito(a) exatamente como é, não é mesmo?

O coração pára quando o sentido da vida parece terminar. Mantenha seu coração sadio, procure pontos negativos em fatos passados e atuais. Dê mais sentido aos fatos. Você já reparou que tudo tem seu lado positivo? Basta saber procurar... E sempre tenha planos ousados e divertidos para o futuro, isso o manterá vivo e “motivado”, com o coração leve e saudável.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável. Ninguém consegue manifestar perfeição, pois é impossível até mesmo defini-la. Quem poderia citar o que seria mundialmente considerado perfeito? Aceite-se e aceite o mundo exatamente como ele é. Pare de querer controlar tudo. São as diferenças e as pequenas imperfeições que fazem do mundo um lugar tão maravilhoso... Isso vale para seu corpo também. Aceite-se exatamente como é, seu corpo é o templo da sua alma. Se existir algo que queira mudar em seu corpo, faça; mas não deixe que sua felicidade e amor próprio dependam disso. Se você está num relacionamento e seu parceiro(a) não está satisfeito com seu corpo, mude de parceiro. Afinal, você é muito mais maravilhoso e especial do que seu corpo físico. Você é a auto-manifestação de Deus na terra. E pode ter certeza: existem muitas pessoas que gostariam de estar com você! Para você ser completamente amado e aceito por alguém, comece se aceitando e se amando e isso ocorrerá naturalmente.

As unhas quebram, os cabelos e a pele perdem a força e o brilho quando as defesas ficam ameaçadas. E isso acontece quando você está se sentindo deprimido, sem vontade de seguir além... Se estiver com depressão, procure os amigos, familares e/ou ajuda médica. Deseje melhorar, leia bons livros, assista a programas divertidos, instrutivos e/ou inspiradores, tenha um tempo só pra você, faça coisas de que gosta,ria em frente ao espelho, divirta-se! Insira mais diversão na sua vida, isso só depende de você!

O peito aperta quando o orgulho escraviza. Você não é vítima do mundo. Ninguém é, a menos que se coloque nesta posição. Para todo ditador, existe um ou vários submissos. Não tenha pena de você, pelo contrário, orgulhe-se de ser a pessoa que é. Encontre características positivas suas. Se estiver difícil, pergunte a amigos e familiares, pode ter certeza de que você ficará muito feliz com o feedback deles. E escreva num caderno para se lembrar e comece a fazer as suas anotações positivas sobre você, as pessoas e fatos ao redor.

A pessoa enfarta quando sente a ingratidão e estresse. Procure não exigir tanto das pessoas. Quando fizer algo pequeno, médio ou grande por alguém, não espere algo em troca. A pessoa pode não retribuir da maneira que você deseja e você envenena seu coração com raiva e sentimento de frustração e ingratidão. Na maioria das vezes a pessoa nem imaginava o quanto isso era importante pra você, é a sua visão que coloca este peso. Não deixe que suas exigências de como os outros devem se comportar atrapalhe a sua saúde e felicidade. Você pode ter feito coisas que magoaram muitas pessoas e você nem imagina. Perdoe SEMPRE! E perdoe-se!

A pressão sobe quando o medo aprisiona. Mas medo de que? Muitas vezes o medo é irracional. A menos que você esteja realmente numa situação perigosa (perdido em alto mar, sem socorro á vista, seu avião caiu no meio da Amazônia e você está perdido, sozinho e machucado, etc...) a menos que a adrenalina gerada seja algo que pode te ajudar a reagir corretamente numa situação de emergência, acalme-se! Faça a pergunta: E se este fato que eu receio realmente venha a ocorrer, qual é a pior coisa que poderia me acontecer? Faça as pazes com todas as possibilidades. Se você não tem controle sobre algum fato, solte-o! Entregue a Deus, ore, medite, relaxe... E entregue ao universo. Cuidado com os 15 minutos antes de dormir, não tenha medo do amanhã, confie de que tudo ocorrerá da melhor maneira, entregue o problema a Deus e durma bem. Muitas vezes ao acordar, o problema terá diminuído ou até desaparecido, pois muitos dos nossos medos são irreais.

As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza. Quando você repetidamente não consegue realizar sonhos e projetos importantes, acaba se frustrando, sente que não tem controle ou que o mundo está contra você. Neste momento, tudo parece ser um empecilho, você vê um mundo perigoso e injusto e se sente como uma criança sozinha e desamparada, despreparada para lidar com as situações. Mas você não é mais uma criança, é um adulto e tem força e capacidade para resolver e realizar qualquer coisa que deseja, procure ajuda, mude e seja feliz! Muitas pessoas procuram remédios físicos quando na verdade precisam mudar suas atitudes, pensamentos e sentimentos.


A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade. Se sua temperatura subiu, você está se sentindo sem forças para lidar com as situações. Não se compare com outras pessoas, não pense que só você tem problemas ou que existem pessoas sortudas e pra você, nada dá certo. Isso não é verdade! Todos temos problemas, o que muda é como os encaramos e resolvemos. Você é capaz de resolver qualquer situação. Dê uma chance para você e seus sonhos grandiosos... Não seja tão exigente, deixe que tudo ocorrerá no tempo de Deus. Equilibre seu organismo, equilibrando suas emoções.

O câncer se instala quando a pessoa guardou mágoas e rancores por toda uma vida. É como se aqueles sentimentos estivessem comendo a pessoa de dentro pra fora. É por isso que não adianta curar apenas com remédios, é preciso aprender a perdoar as pessoas, principalmente a si mesmo e seguir em frente, vivendo no presente, com planos concretos para o futuro. Perdoar é um processo, pode levar tempo, mas nada é tão belo e transformador do que o perdão, ele liberta a alma, a pessoa se renova e se cura.



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Produtividade: dá para conciliar trabalho e estudos?

Existem métodos de planejamento que ajudam a lidar com o volume de tarefas e auxiliam você a manter o equilíbrio

Por Christian Barbosa
A maioria das pessoas tem o primeiro contato com a real necessidade de administrar o tempo e suas atividades, de maneira mais efetiva e rigorosa, ao conquistar o primeiro emprego e, ao mesmo tempo, iniciar em um curso de graduação – alguns alunos lidam com isso ainda no ensino médio. É nessa fase que o número de tarefas aumenta e que muitos alunos pensam em desistir do primeiro estágio, para dedicarem tempo somente aos estudos. Não é fácil, mas é possível ter tempo para trabalho e estudos, e abdicar do trabalho pode não ser uma boa alternativa logo de começo.
Primeiro porque, ao terminar o curso, vai ser mais difícil achar vaga para profissionais que não tiveram nenhuma experiência de estágio ou qualquer tipo de vivência prévia. Segundo, quem deixa de trabalhar, acaba tendo a tendência de abusar de atividades circunstanciais (afinal, você não estuda todos os dias, não é verdade?) como as redes sociais, passeios com a mãe, baladas fora de hora, etc. E terceiro: não adianta deixar para depois, mais cedo ou mais tarde você terá de aprender a se organizar e ser mais produtivo em menos tempo, do contrário, esqueça a ideia de ser um profissional de resultados no mercado de trabalho.
Sabendo disso, não enlouqueça! Existem métodos de planejamento que ajudam a lidar com o volume de tarefas e auxiliam você a manter o equilíbrio. Veja cinco passes básicos para que trabalho e estudos entrem em harmonia:
1- Escreva suas atividades: não deixe nada na cabeça, registre o que tem para fazer em uma agenda, caderno, celular ou um software de planejamento. Se você não anota, fica impossível de planejar e logo de arrumar tempo! A dica é ter apenas um lugar para registrar, ou você vai se perder! Registre tudo, da vida, escola, trabalhos, TCC e outras atividades que precisam ser realizadas no trabalho;
2- Trace seu planejamento: com todas as atividades em mãos (tente conseguir o máximo que puder de um semestre), passe para o seu método de anotações todas as tarefas, distribuindo-as com a antecedência de ao menos três dias do termino do prazo. Isso lhe dará mais mobilidade no dia a dia, fazendo com que cumpra tudo no prazo e ainda ganhe um tempo para descansar ou adiantar novas tarefas;
3- Cuidado com as urgências: atividades urgentes são aquelas que não estavam programadas para acontecerem, e o tempo para realizá-las está curto, ou já acabou. São as atividades que chegam em cima da hora, que não podem ser previstas, mas que geralmente causam estresse. Para evitá-las, reserve de 30 minutos a 1 hora do seu dia para esses imprevistos. Não esqueça de colocar tempo nas suas anotações!
4- Evite as atividades circunstanciais: sabe aquela atividade que, se você não tivesse perdido seu tempo com ela, não faria a menor diferença? Essas são as tarefas circunstanciais, aquelas que nos fazem perder tempo a toa, como navegar por horas na internet sem propósito. Lute contra elas! Dica: a noite, ao chegar em casa, vá direto para o banho e comece a se preparar para o próximo dia. Evite deitar no sofá para assistir TV – com o cansaço e a preguiça, certamente você passará horas em frente a TV e irá dormir mais tarde do que realmente precisa, sem ter produzido nada neste período, nem ter descansado;
5- Foco! Mas nenhuma dessas dicas pode ser realmente eficaz se você não tiver definido de maneira clara quais são os seus objetivos (ex. conquistar determina vaga dentro da empresa, ou terminar no menor tempo possível o curso, para iniciar outro). Além disso, é de extrema importância que você esteja 100% focado em conquistar esses objetivos, o que significa que, algumas vezes, a preguiça pode até aparecer, mas você terá de ser mais forte e seguir com o seu planejamento.
Preparado para iniciar sua vida profissional e acadêmica de uma maneira mais produtiva? Foco nos estudos e objetivo claro no trabalho, essas são as peças chaves para conciliar ambas as atividades de maneira equilibrada e sem estresse.

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

10 maneiras para estimular a ética corporativa





Patrícia Bispo
Formada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Católica de Pernambuco/Unicap. Atuou durante dez anos em Assessoria Política, especificamente na Câmara Municipal do Recife e na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. Atualmente, trabalha na Atodigital.com, sendo jornalista responsável pelos sites: www.rh.com.br, www.portodegalinhas.com.br e www.guiatamandare.com.br.


Muitas questões que culminam em conflitos internos ou mesmo no desligamento de um profissional podem ter sua origem numa questão polêmica: a ausência da ética no ambiente de trabalho. Sabe-se que a mudança comportamental e a quebra de paradigmas dos profissionais são desafios constantes que a área de Recursos Humanos enfrenta diariamente. Contudo, é preciso enfrentá-los e trabalhá-los continuamente e dentro desse contexto, encontra-se o fortalecimento da ética na cultura da empresa. Seguem abaixo, algumas dicas que podem ser aplicadas por empresas de qualquer segmento e porte.

1 - A cultura organizacional revela-se não apenas pela missão, pela visão e pelos valores, mas também pelo comportamento dos profissionais de todos os níveis hierárquicos. Por isso, quando um colaborador ingressa na organização é importante que ele seja informado de forma objetiva e clara sobre o posicionamento da companhia em relação à ética do ambiente de trabalho.

2 - Com o passar do tempo, os funcionários mais antigos podem "relaxar" um pouco em relação às competências comportamentais que a empresa tanto valoriza. Por isso, realizar treinamentos, promover palestras e uma reciclagem periódica sobre o tema ética é um ponto fundamental para o êxito de uma gestão.

3 - Formalizar a postura da organização no que ser refere à ética é uma ação estratégica. Por isso, muitas empresas elaboram Códigos de Conduto de acordo com as suas realidades.

4 - Outro fato relevante para que a ética seja enraizada pela cultura organizacional, é a participação e o posicionamento dos dirigentes em relação a esse assunto. Sempre que possível, em eventos de grande porte, eles podem pontuar a questão e reafirmar o compromisso da companhia de garantir que a integridade dos funcionários é uma das prioridades da companhia. Esse tipo de postura dará mais segurança aos profissionais, principalmente para aqueles que atuam em níveis hierárquicos considerados mais simples.

5 - De nada adiante elaborar um "belo" Código de Conduta e deixá-lo "engavetado. É indispensável divulgá-lo junto a todos os funcionários, para que depois alguém argumente que agiu de determinada maneira porque não teve acesso a esse documento e ao que a empresas considera ético ou aético.

6 - Mas, como divulgar um Código de Ética sem que o mesmo se torne um processo cansativo e seja ignorado pelos funcionários? Se você tem essa dúvida, recorra aos canais de comunicação interna da empresa. É importante lembrar que a informação deverá ser adequada ao público que você pretende adotar. Ou seja, se os profissionais que atuam na linha de produção precisarão de uma linguagem diferenciada em relação à utilizada para os diretores.

7 - Se a formulação de um Código de Conduta é válida, a ética ganha mais respaldo quando se torna assunto de reuniões entre líderes e liderados. Nesse momento, o gestor deve abordar o assunto em caráter explicativo e se colocar à disposição para tirar dúvidas, caso algum membro da equipe faça questionamentos.

8 - Além das reuniões promovidas entre líderes e liderados, a empresa pode realizar um trabalho de conscientização junto aos seus profissionais. Através de treinamentos e dinâmicas promovidas pela área de Recursos Humanos, o funcionário chegará à seguinte conclusão: "A ética no trabalho não beneficia apenas aos demais colegas. Eu também sou beneficiado pelos procedimentos que adoto".

9 - Uma empresa que assegura a garantia de sigilo aos funcionários, em caso de possíveis denúncias que agridam a ética organizacional, mostra-se responsável socialmente. Por isso, é aconselhável criar um espaço para que os profissionais possam apresentar fatos que ocorreram com eles ou, então, que presenciaram com alguns colegas e que afetaram o clima da equipe. Garantir o sigilo de quem toma a iniciativa de defender a ética organizacional é uma característica de integridade e nobreza para com o ser humano.

10 - Da mesma forma que a organização pode abrir espaço para colaboradores que se apresentam para comunicar que a ética organizacional foi "ferida", é indispensável que o fato seja averiguado com total imparcialidade. Isso garantirá que as chances de serem cometidas injustiças com alguma pessoa caiam significativamente.

sábado, 1 de outubro de 2011

As organizações como sistemas sociais vivos,detentoras de personalidade



As organizações como sistemas abertos

Sistema é um conjunto de elementos dinamicamente relacionados que desenvolvem uma atividade para atingir determinado objetivo.

Possuímos os sistemas fechados e abertos,onde sistemas fechados são as máquinas e equipamentos e etc,não interagem de forma direta com o meio externo e recebem sempre as mesmas entradas (inputs) e devolvem sempre as mesmas saídas (outputs) para o ambiente. Já os sistemas abertos interagem diretamente com o ambiente externo,podendo receber diversas entradas e devolver diversas saídas em forma de produtos e serviços.

As organizações são sistemas abertos,vivos,e complexos,pois interagem com o ambiente externo e sofrem mudanças tanto positivas quanto negativas,tendo que se adaptar as diversas alterações geradas,como por exemplo,quando ingressam em um país diferente tendo que mudar algumas normas para poderem se adaptar ou,quando necessitam de inventar algum produto novo que o mercado está exigindo. Esta influência dada pelo meio,torna as organizações e empresas sistemas abertos e dinâmicos.

As empresas que se adaptarem mais rápido a essas mudanças,agregando sempre valores às pessoas,estarão sempre à frente de seus concorrentes. Empresas burocratizadas demasiadamente,empresas inflexíveis demais sofrerão com as rápidas mudanças do ambiente,podendo levar-se até a falência. Aí está o problema de empresas com mentalidades ultrapassadas,mecanicistas demais,pois elas possuem uma enorme dificuldade em se adaptar ao mundo em constante mudança e evolução.

Ninguém que dê certo,que tenha um equilíbrio emocional invejável,é tão rigoroso ou frouxo consigo e com os outros,e nas empresas não é diferente. Todos necessitam buscar um equilíbrio destas partes para alcançarem o sucesso,tanto no âmbito profissional como no pessoal. Lembrando-se que empresas boazinhas demais traz uma cultura paternalista onde todos fazem o que querem e acabam individualizando narcisicamente demais os objetivos,indo muito contra aos objetivos das empresas,por outro lado empresas rigorosas demais trazem uma grande insatisfação para seus participantes. Portanto aquelas que conseguirem,inclusive nós seres humanos,este equilíbrio emocional ou,esta inteligência emocional,chegaremos mais rápido e atingiremos sucessos maiores e com consistência.

Os níveis de uma organização

As organizações possuem três níveis organizacionais que são:Nível Institucional,Nível Intermediário e Nível Operacional. Em se tratando de sistemas abertos,não é toda a organização que se interage com o meio,mas sim uma parte dela. Máquinas e equipamentos fazem parte das organizações,porém são sistemas fechados.

O nível mais alto de uma organização é o nível institucional,onde estão constituídos os presidentes,diretores,proprietários e é denominado de nível estratégico pois é neste nível que são tomadas às decisões mais importantes com relação à empresa,sendo também o nível que mais se relaciona com as turbulências do ambiente externo,onde este afeta diretamente na tomada de decisão.

Em seguida temos o nível intermediário,onde estão os gerentes e que fazem a ligação entre o nível institucional e o nível operacional. Este nível pode ser considerado aberto pois trabalha com as decisões tomadas de acordo com o nível acima e também fechado pois transforma as decisões institucionais para decisões em cima do nível operacional que é o nível de tecnologia.

Logo abaixo temos o nível de menor poder de decisão e que trabalha como um sistema fechado,que é o nível operacional. Este nível trabalha com máquinas,equipamentos,acessórios,tecnologia,tendo que otimizar estes processos da melhor forma possível,sendo um nível mais burocratizado e menos flexível em relação à autonomia dos funcionários e etc,criando rotinas e procedimentos de trabalho.

O Clima Organizacional

No que se refere à clima organizacional,é possível a integração aos aspectos da cultura organizacional de um determinado local de trabalho. Como temos a motivação no nível de indivíduo,temos o clima organizacional no nível de organizações,onde este afeta intimamente a motivação dos indivíduos dentro de um determinado local,ou seja,é aquela atmosfera psicológica experimentada quando entramos em um ambiente e que nos afeta diretamente para que ficamos ou não nele,se nos faz sentir à vontade para desempenhar certas funções,a maneira que nós nos interagimos com os outros,entre outras coisas. Este clima nos influencia para desempenharmos nossas funções dentro de um ambiente,que também é influenciado pos nós. Ele é a chave para termos organizações sadias para se trabalhar,para retermos os melhores talentos dentro delas e consequentemente,criar uma atmosfera ativa e motivada.

Um ambiente com um clima organizacional positivo,é caracterizado por um local onde as pessoas se sentem motivadas para se trabalhar,interagir com os demais participantes,buscar inovações e,consequentemente,respeito mútuo. Este clima influencia nos aspectos psicológicos de cada indivíduo,trazendo enormes benefícios para os seus trabalhadores e suas empresas,pois empresas sadias tendem a prosperar com rapidez e consistência para o sucesso.O clima organizacional favorável ajuda a tornar as pessoas mais sadias mentalmente,onde estas se sintam,em relação às outras pessoas e conseguirem superar os obstáculos que a vida lhes impõe,atingindo plena satisfação pessoal e profissional.

Porém temos também um clima caracterizado por apatia,falta de interesse,desmotivação,depressão,medo,desajustamento pessoal,intrigas,que é denominado como um clima organizacional negativo ou baixo. Neste ambiente às pessoas não se sentem à vontade para trabalhar,tendo um enorme desinteresse por suas funções e pela organização,cultivando altas taxas de absenteísmo,alta rotatividade de funcionários,demissões,podendo levar a empresa a um estado de estagnação.

O Clima organizacional precisa ser cuidadosamente trabalhado para que funcione favoravelmente,buscando sempre ao aumento da qualidade de vida no trabalho,e,consequentemente,como resultado,o sucesso.

Bibliografia:CHIAVENATO,Idalberto. Recursos Humanos –O capital humano das organizações;São Paulo,editora Campus,2009.